Monday, August 5, 2013

Os Preços no web design


Se está neste momento a ler este artigo é porque provavelmente pretende ou encara a hipótese de criar um site para si ou para a sua empresa. 
A pergunta “quanto custa um site?” certamente que lhe ocorreu e se já se tentou informar minimamente estará neste momento a questionar-se como é possível que pelo que parece ser a  mesma coisa sejam pedidos valores tão dispares que vão de algumas dezenas de euros até largos milhares. Se assim é,  o que é que determina os preços no webdesign?

A resposta a esta questão está longe de ser simples e para ela contribuirão factores que escapam ao objectivo desta discussão, como sejam as convicções fantasiosas e contraditórias de que no mundo da informática ou tudo é muito simples e imediato ou misteriosamente complexo e inacessível,  a dificuldade por parte do público em avaliar a competência do web designer,  e, por último, a diferente valorização que os clientes fazem do site que pretendem ter: para uns é apenas algo que devem ter porque todas as empresas têm, outros consideram-no um meio  de comunicação de excelência e indispensável para o alcançar dos seus objectivos.

À parte estes factores, que não são de somenos importância, outros há sobre os quais nos iremos debruçar na expectativa de que isso o possa ajudar a compreender um pouco mais sobre o que determina os preços no web design e qual a melhor opção a tomar quando quiser contratar alguém para criar o seu site.

Layout

O layout é o desenho do site e, tal como a arquitectura de uma casa, é um aspecto decisivo para o seu sucesso. Para além de definir o impacto estético do site, determina também aspectos como a sua navegabilidade, a facilidade da interacção com o utilizador e  a eficiência com que a mensagem é transmitida. Logo, não se trata apenas de ser agradável ou até espectacular. É preciso ser funcional e adequado àquilo que pretende transmitir.

Para além da competência e experiência do designer do site,  há um factor que faz com que o preço cobrado varie significativamente em função do layout. Este factor é a originalidade ou não do desenho, isto é, se o desenho foi feito à medida e em exclusivo para aquele projecto ou se se trata de um desenho generalista que com pequenas alterações é aplicado a uma série de sites.

As empresas que oferecem sites por quantias módicas por norma utilizam desenhos predefinidos onde “encaixam” o conteúdo do cliente, alterando pormenores como o logótipo, as cores e algumas imagens.

Dizer isto não é dizer que o design predefinido é necessariamente pior que o original, mas que pelas suas características tem sempre algumas limitações em termos de flexibilidade,  e, acima de tudo, falha em transmitir aquilo que é particular e único no projecto, empresa ou pessoa que o site representa, correndo o cliente o  risco de ter um site extremamente parecido com o do vizinho virtual do lado. Ao invés, um desenho original é pensado e feito de raiz em função do cliente e da imagem que este pretende dar.
  

Construção

Por detrás daquilo que é visível num web site estão inúmeras linhas de código que por norma pertencem a várias linguagens informáticas. 
Este código é a estrutura de um site. Tal como no caso do layout, também a construção pode ser feita de raiz, sendo todo o código feito à medida do projecto ou utilizar estruturas pré-fabricadas, que na linguagem do web design se denominam CMS (Content Management Sistems).

Tal como numa casa, pré-fabricado não quer dizer que a construção está toda feita e finalizada, quer dizer que se faz com base em módulos que são “montados” em função do layout e das necessidades do cliente.

Do ponto de vista do utilizador não existem diferenças entre um site construído com base em módulos ou outro construído peça a peça desde a raiz, pelo que a popularidade destas soluções está a aumentar substancialmente, uma vez que poupam horas de trabalho e, por conseguinte, permitem a execução de trabalhos mais rápidos e mais económicos. Isto não é dizer que é fácil ou imediata a construção por “módulos”, uma vez que é necessário ter conhecimentos que os permitam implementar, conhecer as hipóteses (e são às centenas), escolhê-las e saber  conjugá-las de forma a criar um todo coerente e funcional.

Para além disso, estas soluções, embora cubram a grande maioria das possibilidade da criação de sites, não cobrem todas e há casos em que a construção tem que ser feita de raiz. São exemplos disso os sites com funcionalidades tão específicas e/ou complexas que não se encontram previstas nos módulos existentes ou os sites que se baseiam em animações e na interacção gráfica com o utilizador (feitos em Flash).


Visibilidade


Não serve de muito ter um site espectacular do ponto de vista da estética e da funcionalidade se ninguém o encontrar, ao não ser que seja uma apresentação para utilizadores que de antemão sabem da sua existência ou uma forma de uma empresa ou instituição prestar serviços a clientes já existentes. 

Estas são razões muito válidas, mas a maior parte das vezes quem quer ter uma presença na Internet quer dar-se a conhecer a novas pessoas e novos potenciais clientes.

A maior parte das “descobertas” na Internet fazem-se através dos motores de busca e é por isso que é tão importantes que um site apareça bem colocado nas pesquisas para uma palavra ou conjunto de palavras. Ao conjunto de princípios e técnicas que se utilizam para favorecer a colocação de um site nas pesquisas chama-se SEO (Search Engine Optimization).

SEO é uma área complexa, uma vez que os critérios que os motores de busca utilizam (especialmente o Google) são secretos e variam frequentemente. Quem alegue criar sites e colocá-los na primeira página do Google de imediato está quase de certeza a mentir, até porque mesmo as melhores práticas levam tempo a produzir efeito. No entanto, há muitas medidas que se podem tomar e um site bem pensado desde o início e obedecendo a uma boa estratégia de implementação tem muito maiores probabilidades de se tornar bem visível do que um feito sem essa preocupação.

Actualização/manutenção

Imagine que paga por um site e que ao fim de um ano quer acrescentar algumas funcionalidades e que quem o fez lhe diz que isso não é possível ou que é tão complicado que mais vale fazer um novo. Embora as actualizações não sejam algo muito complicado (especialmente quando se utilizam CMS) um layout mal pensado ou uma estrutura mal construída podem comprometer a possibilidade do seu site crescer e então vai pagar duas vezes pelo que poderia ter apenas pago uma.

Imagine que o seu site deixa de funcionar ou pura e simplesmente se perde e a pessoa que o criou não lhe dá qualquer tipo de suporte no sentido de o voltar a pôr a funcionar. Isso quereria dizer que teria que encontrar outra pessoa que lhe resolvesse o problema ou que lhe fizesse um site novo.


Conclusão

Há uma enorme diferença entre um site quase invisível, perdido entre os milhares de outros sites existentes na Internet e um que é visível e representa de forma adequada a entidade a que pertence. Essa diferença assenta numa boa estratégia de criação e implementação, tendo em conta os diferentes factores que referimos. O tempo e o conhecimento técnico que essa estratégia requer implicam uma diferença no preço do produto final. Cabe-lhe a si decidir se vale ou não a penar pagar um pouco mais para ter algo pensado em função dos seus objectivos e numa perspectiva de futuro.


Artigo escrito pelo nosso prestador de serviços António Feliciano. Para contratar um webdesigner, contrate já o António e diga-lhe o que pretende!