Se está neste momento a ler este artigo é
porque provavelmente pretende ou encara a hipótese de criar um site para si ou
para a sua empresa.
A pergunta “quanto custa um site?” certamente que lhe
ocorreu e se já se tentou informar minimamente estará neste momento a
questionar-se como é possível que pelo que parece ser a mesma coisa sejam pedidos valores tão
dispares que vão de algumas dezenas de euros até largos milhares. Se assim é, o que é que determina os preços no webdesign?
A resposta a esta questão está longe de ser
simples e para ela contribuirão factores que escapam ao objectivo desta
discussão, como sejam as convicções fantasiosas e contraditórias de que no
mundo da informática ou tudo é muito simples e imediato ou misteriosamente
complexo e inacessível, a dificuldade
por parte do público em avaliar a competência do web designer, e, por último, a diferente valorização que os
clientes fazem do site que pretendem ter: para uns é apenas algo que devem ter
porque todas as empresas têm, outros consideram-no um meio de comunicação de excelência e indispensável
para o alcançar dos seus objectivos.
À parte estes factores, que não são de somenos
importância, outros há sobre os quais nos iremos debruçar na expectativa de que
isso o possa ajudar a compreender um pouco mais sobre o que determina os preços
no web design e qual a melhor opção a tomar quando quiser contratar alguém para
criar o seu site.
Layout
O layout é o desenho do site e, tal como a
arquitectura de uma casa, é um aspecto decisivo para o seu sucesso. Para além
de definir o impacto estético do site, determina também aspectos como a sua
navegabilidade, a facilidade da interacção com o utilizador e a eficiência com que a mensagem é
transmitida. Logo, não se trata apenas de ser agradável ou até espectacular. É
preciso ser funcional e adequado àquilo que pretende transmitir.
Para além da competência e experiência do designer do site, há um factor que faz
com que o preço cobrado varie significativamente em função do layout. Este
factor é a originalidade ou não do desenho, isto é, se o desenho foi feito à
medida e em exclusivo para aquele projecto ou se se trata de um desenho
generalista que com pequenas alterações é aplicado a uma série de sites.
As empresas que oferecem sites por quantias
módicas por norma utilizam desenhos predefinidos onde “encaixam” o conteúdo do
cliente, alterando pormenores como o logótipo, as cores e algumas imagens.
Dizer isto não é dizer que o design predefinido é necessariamente pior que o original, mas que pelas suas
características tem sempre algumas limitações em termos de flexibilidade, e, acima de tudo, falha em transmitir aquilo
que é particular e único no projecto, empresa ou pessoa que o site representa,
correndo o cliente o risco de ter um
site extremamente parecido com o do vizinho virtual do lado. Ao invés, um
desenho original é pensado e feito de raiz em função do cliente e da imagem que
este pretende dar.
Construção

Por detrás daquilo que é visível num web site
estão inúmeras linhas de código que por norma pertencem a várias linguagens
informáticas.
Este código é a estrutura de um site. Tal como no caso do layout, também a
construção pode ser feita de raiz, sendo todo o código feito à medida do
projecto ou utilizar estruturas pré-fabricadas, que na linguagem do web design se denominam CMS (Content Management Sistems).
Tal como numa casa,
pré-fabricado não quer dizer que a construção está toda feita e finalizada,
quer dizer que se faz com base em módulos que são “montados” em função do
layout e das necessidades do cliente.
Do ponto de vista do utilizador não existem
diferenças entre um site construído com base em módulos ou outro construído
peça a peça desde a raiz, pelo que a popularidade destas soluções está a
aumentar substancialmente, uma vez que poupam horas de trabalho e, por
conseguinte, permitem a execução de trabalhos mais rápidos e mais económicos.
Isto não é dizer que é fácil ou imediata a construção por “módulos”, uma vez
que é necessário ter conhecimentos que os permitam implementar, conhecer as
hipóteses (e são às centenas), escolhê-las e saber conjugá-las de forma a criar um todo coerente
e funcional.
Para além disso, estas soluções, embora cubram
a grande maioria das possibilidade da criação de sites, não cobrem todas e há
casos em que a construção tem que ser feita de raiz. São exemplos disso os
sites com funcionalidades tão específicas e/ou complexas que não se encontram
previstas nos módulos existentes ou os sites que se baseiam em animações e na
interacção gráfica com o utilizador (feitos em Flash).
Visibilidade

Não serve de muito ter um site espectacular do
ponto de vista da estética e da funcionalidade se ninguém o encontrar, ao não
ser que seja uma apresentação para utilizadores que de antemão sabem da sua
existência ou uma forma de uma empresa ou instituição prestar serviços a
clientes já existentes.
Estas são razões muito válidas, mas a maior parte das
vezes quem quer ter uma presença na Internet quer dar-se a conhecer a novas
pessoas e novos potenciais clientes.
A maior parte das “descobertas” na Internet
fazem-se através dos motores de busca e é por isso que é tão importantes que um
site apareça bem colocado nas pesquisas para uma palavra ou conjunto de
palavras. Ao conjunto de princípios e técnicas que se utilizam para favorecer a
colocação de um site nas pesquisas chama-se SEO (Search Engine Optimization).
SEO é uma área complexa, uma vez que os
critérios que os motores de busca utilizam (especialmente o Google) são
secretos e variam frequentemente. Quem alegue criar sites e colocá-los na
primeira página do Google de imediato está quase de certeza a mentir, até
porque mesmo as melhores práticas levam tempo a produzir efeito. No entanto, há
muitas medidas que se podem tomar e um site bem pensado desde o início e
obedecendo a uma boa estratégia de implementação tem muito maiores
probabilidades de se tornar bem visível do que um feito sem essa preocupação.
Actualização/manutenção

Imagine que paga por um site e que ao fim de
um ano quer acrescentar algumas funcionalidades e que quem o fez lhe diz que
isso não é possível ou que é tão complicado que mais vale fazer um novo. Embora
as actualizações não sejam algo muito complicado (especialmente quando se
utilizam CMS) um layout mal pensado ou uma estrutura mal construída podem
comprometer a possibilidade do seu site crescer e então vai pagar duas vezes
pelo que poderia ter apenas pago uma.
Imagine que o seu site deixa de funcionar ou
pura e simplesmente se perde e a pessoa que o criou não lhe dá qualquer tipo de
suporte no sentido de o voltar a pôr a funcionar. Isso quereria dizer que teria
que encontrar outra pessoa que lhe resolvesse o problema ou que lhe fizesse um
site novo.
Conclusão
Há uma enorme diferença entre um site quase
invisível, perdido entre os milhares de outros sites existentes na Internet e
um que é visível e representa de forma adequada a entidade a que pertence. Essa
diferença assenta numa boa estratégia de criação e implementação, tendo em
conta os diferentes factores que referimos. O tempo e o conhecimento técnico
que essa estratégia requer implicam uma diferença no preço do produto final.
Cabe-lhe a si decidir se vale ou não a penar pagar um pouco mais para ter algo
pensado em função dos seus objectivos e numa perspectiva de futuro.
Artigo escrito pelo nosso prestador de serviços António Feliciano. Para contratar um webdesigner, contrate já o António e diga-lhe o que pretende!